Pular para o conteúdo principal

Menu

Economia e desenvolvimento Post

ETFs como investimento na agenda ASG

Recentemente, o BNDES anunciou investimento em fundo de índice associado à promoção da diversidade. Trata-se de iniciativa de desenvolvimento do mercado brasileiro de ETFs e da promoção da agenda ambiental, social e de governança (ASG).

Os exchange traded funds (ETF, ou fundos de índice) são fundos de investimento com cotas negociadas em bolsa de valores e que buscam replicar a carteira e a rentabilidade de um determinado índice de referência.  

Uma das vantagens dos ETFs é que permitem investir em uma carteira diversificada de forma simples, dado que, com a aquisição de uma única cota do fundo, o investidor passa a deter uma cesta de ativos – que podem ser ações, títulos de renda fixa, entre outros. Por se tratar de fundos de gestão passiva – isto é, buscam replicar o desempenho de um índice de referência –, não há cobrança de taxa de performance, e sua taxa de administração é, em geral, mais baixa do que a dos demais tipos de fundo. Além disso, ETFs oferecem alta liquidez, garantida pela presença obrigatória de formador de mercado – isto é, de agente comprometido com a compra e venda regular de cotas do fundo –, e contam com transparência diária da cesta. Outra vantagem é que, uma vez que podem ser baseados em índices de ativos selecionados a partir de critérios de sustentabilidade, responsabilidade social e governança das empresas emissoras, ETFs permitem colaborar com a agenda ambiental, social e de governança (ASG). 

O BNDES tem um histórico importante no desenvolvimento do mercado nacional desses fundos. Em 2004, em parceria com a Bovespa – atual B3 –, o Banco estruturou o primeiro ETF brasileiro: o fundo Papéis de Índice Brasil Bovespa (PIBB), ligado ao Índice Brasil 50 (IBRX-50). Em 2012, o BNDES lançou o fundo Ishares Carbono Eficiente (ECOO11), tendo como referência o Índice ICO2, composto de ações de empresas selecionadas a partir de critérios de boas práticas na gestão de gases do efeito estufa. 

O Banco vem observando as atuais tendências e ouvindo o mercado no sentido de elaborar iniciativas que contribuam para o desenvolvimento econômico e social via mercado de capitais. Nos últimos anos, os ETFs tiveram crescimento relevante e, cada vez mais, são usados para a criação de produtos financeiros com impacto positivo na agenda ASG. 

Acompanhando esse cenário, em outubro de 2023, o BNDES firmou um acordo de desenvolvimento visando promover melhorias contínuas no Índice IDiversa da B3, que visa indicar o desempenho das ações das empresas que se destacam no critério de diversidade de gênero e raça na composição do quadro de funcionários – lançado pela bolsa de valores brasileira em agosto de 2023. Em dezembro do mesmo ano, foi aprovado o investimento de até R$ 100 milhões no ETF DVER11, que possui como referência o IDiversa e é gerido pela BB Asset.

Essa iniciativa do Banco é parte da retomada da agenda de fomento ao mercado de capitais, alinhada à crescente demanda por ativos ligados às causas ASG. O investimento do BNDES no ETF DVER11 é feito à medida que são captados outros investidores para o fundo. Atualmente, dos R$ 100 milhões aprovados, R$ 37 milhões já foram investidos pelo Banco.

Se você gostou desse conteúdo, confira esses:

Capa da noticia - Democracia, desenvolvimento e mudanças climáticas no novo contexto global
Economia e desenvolvimento
Post

Democracia, desenvolvimento e mudanças climáticas no novo contexto global

Dani Rodrik, economista e professor da Universidade de Harvard, defendeu na sede do BNDES que os três maiores desafios globais – transição verde, restauração da classe média e redução da pobreza – exigem a promoção de mudanças estruturais. Conheça seus argumentos.
Capa da noticia - O impacto das cooperativas de crédito na economia local
Economia e desenvolvimento
Entrevista

O impacto das cooperativas de crédito na economia local

As cooperativas de crédito oferecem diversos benefícios econômicos às comunidades onde atuam. Ao mesmo tempo em que geram emprego, renda, arrecadação e produtividade; reduzem pobreza, fortalecem capital social e melhoram indicadores educacionais. Conversamos com o pesquisador da Fipe, Alison Pablo de Oliveira, sobre o impacto dessas cooperativas na economia local.
Capa da noticia - Futuro do FAT: impacto das mudanças recentes
Economia e desenvolvimento
Post

Futuro do FAT: impacto das mudanças recentes

Importantes mudanças institucionais e legislativas foram implementadas no FAT ao longo dos últimos anos. O futuro do FAT – e das atividades por ele beneficiadas – depende do que será feito a partir delas. Saiba mais no primeiro artigo da Revista do BNDES 60.

Capa da noticia - Texto para discussão apresenta dados do BNDES dos últimos trinta anos
Economia e desenvolvimento
Post

Texto para discussão apresenta dados do BNDES dos últimos trinta anos

O Texto para Discussão 163, “Três décadas – O BNDES depois da estabilização: 1994-2023”, de autoria dos economistas do BNDES Fabio Giambiagi, Gilberto Borça Jr. e Letícia Magalhães, apresenta um conjunto de dados financeiros e operacionais do Banco referentes ao período que vai de 1994 (em alguns casos) a 2023. Além de contribuir para que se compreenda melhor o desempenho do BNDES, o estudo buscar ser mais um veículo de prestação de contas da instituição.