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Fake news, desastres climáticos, inteligência artificial: quais os principais riscos globais?

As grandes transformações mundiais dos últimos anos resultaram em mudanças expressivas nas percepções de risco. O Estudo especial 54 analisa as percepções dos riscos mundiais de curto e longo prazo no período de 2022 a 2025, a partir dos Global Risks Reports (GRR) do Fórum Econômico Mundial.

As grandes transformações mundiais dos últimos anos resultaram também em mudanças expressivas nas percepções de risco. Nos últimos três anos, testemunhamos o processo de recuperação da pandemia de Covid-19,  acompanhado de riscos econômicos elevados associados à inflação; avanços significativos em inteligência artificial e seus riscos relacionados à perda de empregos, à propagação de desinformação e a seu uso para crimes e ataques cibernéticos; o crescimento das fake news e o risco da desinformação, em especial atrelada a processos eleitorais pelo mundo, que ampliaram a percepção dos riscos tecnológicos; conflitos como aquele entre Rússia e Ucrânia, associado a riscos na esfera geopolítica; uma polarização social crescente e o aumento das desigualdades, contribuindo para a esfera de riscos sociais; e eventos climáticos extremos decorrentes do aumento da temperatura global, ampliando a percepção dos riscos ambientais.

Estudo especial do BNDES 54 analisa as mudanças nas percepções dos riscos mundiais de 2022 a 2025 a partir dos Global Risks Reports (GRR), produzidos pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum – WEF). Os relatórios trazem uma análise de pesquisas realizadas no segundo semestre do ano anterior a sua publicação e partem do conceito de risco mundial como a possibilidade de ocorrência de um evento (ou situação) com impacto negativo considerável no produto interno bruto (PIB), na população ou nos recursos naturais mundiais.

A partir dos relatórios, este estudo analisa os dez maiores riscos nos horizontes de dois (curto prazo) e dez anos (longo prazo).

Principais riscos percebidos no curto prazo

No período analisado, nota-se a queda, em média, dos riscos de curto prazo, sobretudo daqueles ligados à esfera econômica, como à inflação, mas com repique da severidade de temas geopolíticos.

Percebe-se ainda que riscos tecnológicos, ligados às fake news, ampliaram em percepção e passaram a liderar o ranking, em 2024 e 2025,de riscos de curto prazo.

 

Percepção dos riscos no curto de prazo

Fonte: Elaboração própria com base em WEF (2023; 2024; 2025).

Fonte: Elaboração própria com base em WEF (2023; 2024; 2025).

 

Principais riscos no longo prazo

Pensando no longo prazo, os riscos ambientais são os mais percebidos. No entanto, houve um crescimento da severidade atribuída aos eventos climáticos extremos e uma redução da percepção dos riscos relacionados aos sistemas do planeta. Isso parece demonstrar que apesar de uma preocupação crescente com os desastres ambientais e com a redução de seus danos – certamente em função dos eventos dos últimos anos e de seus impactos imediatos –, a percepção da urgência de medidas estruturantes para conter o aquecimento global não vem ganhando importância.

Destaque também para a inteligência artificial, que desponta como um dos dez principais riscos de longo prazo em 2024 e permanece no ranking em 2025.

 

Percepção dos riscos no longo de prazo

Fonte: Elaboração própria com base em WEF (2023; 2024; 2025).

Fonte: Elaboração própria com base em WEF (2023; 2024; 2025).

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