O Relatório Anual 2020 do BNDES acaba de ser lançado, trazendo uma visão geral sobre um ano tão desafiador, que teve como foco a atuação anticíclica do Banco com medidas para atenuar a crise provocada pela pandemia de Covid-19, e também uma preocupação cada vez maior com a agenda ambiental, social e de governança (ASG).
O Relatório Anual 2020 do BNDES acaba de ser lançado, trazendo uma visão geral sobre um ano tão desafiador, que teve como foco a atuação anticíclica do Banco com medidas para atenuar a crise provocada pela pandemia de Covid-19, e também uma preocupação cada vez maior com a agenda ambiental, social e de governança (ASG).
Além de continuar relatando o desempenho e a estratégia do Banco, relacionando-os aos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) das Organizações das Nações Unidas (ONU), em 2020, o relatório passou a englobar de forma mais consistente o padrão de sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI). Essa mudança ampliou as informações sobre o impacto socioambiental da atuação do BNDES, em sintonia com a valorização da pauta ASG.
Desde 2013, a publicação também segue o modelo de relato integrado do International Integrated Report Council (IIRC), que busca integrar informações financeiras e não financeiras com o objetivo de mostrar como a instituição gera valor para seus diferentes públicos.
Ambos os modelos requerem uma definição de materialidade para o relatório, ou seja, uma definição de quais são os temas de maior relevância para a instituição e para seus públicos de interesse. Depois de pesquisa com diferentes partes interessadas, divulgada inclusive pelas redes sociais do Banco, e aprovação da Diretoria, foram selecionados cinco temas materiais para o Relatório Anual 2020:
Esses temas aparecem com destaque no relatório, que também traz informações sobre as formas de atuação do Banco, sua estratégia para os próximos anos, sua governança e gestão de riscos, o desempenho em 2020, o relacionamento com seus diferentes públicos, entre outros.
Na qualidade de banco de desenvolvimento, com importante papel anticíclico, o BNDES atuou em coordenação com o Governo Federal para atenuar os efeitos da crise econômica e social causada pelo novo coronavírus. Uma ampla gama de soluções – incluindo crédito, garantias, investimento em fundos, entre outras – foi implementada pelo Banco para atender os segmentos mais afetados da economia, como MPMEs, setor de saúde e empresas de setores particularmente afetados pela crise, além de entes subnacionais e firmas que poderiam ter dificuldades de honrar suas dívidas e compromissos previamente contratados.
Em 2020, o Banco consolidou sua atuação como banco de serviços e fábrica de projetos, com a formação de uma carteira de projetos e com o estabelecimento de governança, processos e sistemas relacionados à estruturação de projetos de desestatização. Com isso, encerrou o ano com 121 ativos mandatados em sua carteira de projetos, que demandarão investimentos privados de R$ 223 bilhões, além de 24 empresas estatais a serem desestatizadas, em diversos setores.
Como banco de desenvolvimento, o BNDES busca ser um indutor de práticas de mercado e um lócus de debate para novos padrões de sustentabilidade. Por isso, conta com políticas operacionais com condições diferenciadas para investimentos sustentáveis ou que colaborem com a transição para uma economia de baixo carbono. Em 2020, o Banco reformulou questionários socioambientais para seus clientes e agentes financeiros, validou nova metodologia de classificação de risco socioambiental, além de lançar novos produtos como debêntures sustentáveis, a linha Finame Baixo Carbono e o RenovaBio.
Os principais objetivos da estratégia de desinvestimentos adotada pelo Banco nos últimos anos são reduzir a concentração da carteira em empresas maduras, realocar os recursos em atividades mais produtivas e reduzir a exposição a risco de mercado. Em 2020, os desinvestimentos totalizaram R$ 45,4 bilhões em termos de receita de venda, que decorreram principalmente da venda de ações da Petrobras, da Vale e da Suzano.
O estatuto social do BNDES foi revisado em 2020, com base no estatuto-modelo de governança das estatais, lançado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). Entre outras mudanças, foram destacados e reorganizados incisos que tratam do objetivo social do Banco, para conferir maior visibilidade a atividades como a prestação de garantias; alteradas as alçadas de aprovação de algumas atividades; e excluída a limitação que impedia o BNDES e seu acionista único de disporem, integralmente, da opção de distribuição de dividendos a título de pagamento de juros sobre o capital próprio. O novo estatuto foi homologado pelo Banco Central em março de 2021.
Clique aqui para acessar o Relatório Anual 2020 do BNDES.
