Tradicionalmente a principal fonte de recursos para o crédito do BNDES, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) passou por importantes mudanças nos últimos anos. O fundo foi instituído pela Constituição de 1988 e, entre outras atribuições, destina parte de seus recursos ao financiamento de ações e programas do Banco que visam o desenvolvimento do país, sendo remunerado com o retorno das operações de crédito e o pagamento de juros. A partir de 2014, contudo, alterações nas regras de acesso ao seguro-desemprego e abono salarial, a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e a reforma da previdência afetaram a dinâmica das contas do FAT.
No Texto para Discussão 158, “Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): resultados recentes e perspectivas”, os economistas do BNDES Gilberto Borça Jr. e Guilherme Tinoco resgatam a origem do fundo, analisam seu patrimônio, suas receitas e despesas, e sua relação com o Banco. Avaliam também projeções para os próximos anos, inclusive em um cenário de manutenção do custeio de gastos previdenciários entre as obrigações do FAT, inovação instituída com a reforma da previdência, que, caso persista, pode ser prejudicial para o resultado e patrimônio do fundo.