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Caminhos para o desenvolvimento de Internet das Coisas no Brasil

Com foco na análise de boas práticas internacionais, o documento Benchmark de iniciativas e políticas públicas aponta caminhos para o desenvolvimento de Internet das Coisas (IC, também conhecida pela sigla em inglês – IoT) no país. O relatório faz parte da primeira fase do estudo "Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil", elaborado pelo Consócio McKinsey/CPqD/PNM. Apoiado pelo Fundo de Estruturação de Projetos (FEP) do BNDES, e conduzido pelo banco em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o estudo deverá orientar o governo brasileiro na formulação de políticas para o desenvolvimento de IoT no país.

Com foco na análise de boas práticas internacionais, o documento Benchmark de iniciativas e políticas públicas aponta caminhos para o desenvolvimento de Internet das Coisas (IC, também conhecida pela sigla em inglês – IoT) no país. O relatório faz parte da primeira fase do estudo "Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil", elaborado pelo Consócio McKinsey/CPqD/PNM. Apoiado pelo Fundo de Estruturação de Projetos (FEP) do BNDES, e conduzido pelo banco em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o estudo deverá orientar o governo brasileiro na formulação de políticas para o desenvolvimento de IoT no país.

O trabalho também é um esforço para identificar tendências em um fenômeno relativamente novo. A maior parte das iniciativas de IoT surgiu há quatro anos ou menos.

Para tentar entender o que está acontecendo e quais são as principais tendências de políticas públicas no mundo, os autores adotaram como referência o que vem sendo feito pelos governos em 12 regiões selecionadas, agrupadas segundo 3 critérios, como mostra o quadro a seguir:

Casos selecionados para o benchmark de iniciativas e políticas em IoT e respectivos critérios de seleção

internet das coisas: análise das iniciativas e políticas de alguns países

A partir da análise dos ecossistemas de IoT dessas regiões, os autores da pesquisa tiraram cinco principais lições:

1ª Lição: o envolvimento do Estado pode ser resumido em três modelos

Papel ativo em IoT: governos participam ativamente do desenvolvimento do setor por meio de investimentos, seleção de áreas prioritárias, criação de associações e alianças, iniciativas de regulação e parcerias internacionais. As ações normalmente são consolidadas em um plano nacional.

Formação de ecossistema: governos se concentram em criar ambiente propício ao aproximar e coordenar os atores–empresas, agências de fomento, startups e universidades. Nesse caso, os investimentos diretos do Estado em IoT tendem a ser mais limitados em comparação com os países que assumem um papel ativo.

Elaborador de diretrizes e investidor em áreas-foco: governos se dedicam a estabelecer diretrizes específicas, realizar investimentos em áreas selecionadas, difundir melhores práticas e viabilizar a competitividade e a abertura de mercados.

2ª Lição: a governança estimula a formação de ambiente adequado

Modelo estruturado com associações específicas ou alianças de IoT formadas pelos setores público e privado: a maioria dos países em que o Estado tem papel ativo adotaram modelos robustos de governança, como associações, alianças ou consórcios reunindo os setores público e privado, formados por conselhos executivos e consultivos, além de grupos de trabalho ou comitês temáticos.

Formação de ecossistema: há países que ocupam uma posição de destaque em IoT apesar de adotarem modelos mais descentralizados, pois já possuíam um ecossistema inovador, como é o caso das incubadoras e do consórcio de universidades no Reino Unido, ou das ações de coordenação focadas em verticais selecionadas, no caso dos Estados Unidos.

3ª Lição: governos buscam criar ecossistemas adequados e reduzir risco da inovação

Realização de investimentos: a maior parte dos governos líderes em IoT está investindo de forma significativa.

Formação de clusters: reunir startups e empresas em áreas específicas das cidades para ajudar na troca de experiência e a realização de novos negócios.

Estímulo a PMEs e startups: fomentar uma cultura empreendedora com a redução da burocracia e dos impostos, e a difusão dos benefícios de empreender.

Compras públicas: usar a demanda de inovações por parte do setor público para incentivar a inovação e alavancar as empresas de IoT.

4ª Lição: é preciso investir na formação de recursos humanos

IoT = + empregos: vincular as políticas públicas de aumento da capacidade do setor à oferta de oportunidades de emprego

Programadores mirins: introdução de Tecnologia da Informação, habilidades de informática e programação desde o ensino fundamental

Conectar universidade e indústria: os governos tomam medidas para abrir e ampliar canais de cooperação entre indústria e universidade

Promoção de eventos da indústria: organização de workshops, conferências e treinamentos em tópicos específicos relacionados a IoT

5ª Lição: é preciso regulamentar três temas chave, mas ainda não há um consenso sobre como

Padronização: um dos maiores desafios de IoT é permitir que os dispositivos se comuniquem entre si independentemente de quem ou onde foram feitos. Alguns países estimulam padrões abertos, outros, a adoção de padrões globais ou definidos pelo mercado.

Conectividade: o grande número de dispositivos vai exigir uma infraestrutura complexa. Alguns governos desenvolvem infraestrutura local (EU, JP, KR). Outros têm trabalhado para a formação de plataformas globais (UK, CH, SG).

Privacidade e segurança: em todos os países estudados há consenso de que é necessário criar mecanismos para evitar acesso não autorizado, mau uso de dados pessoais e ataques aos sistemas. Porém, os governos ainda têm avançado em ritmos diferentes na aprovação de leis e na criação de instituições responsáveis por sua aplicação.

 

Baixe o 1º relatório do estudo

 

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