Investimentos em mobilidade urbana trazem impactos que vão além da redução do tempo de deslocamento dos habitantes de uma cidade, influenciando também questões como saúde da população, poluição, emprego e renda.
O BNDES lança hoje um estudo, conduzido pela PUC-Rio, sobre o impacto de um conjunto de nove projetos de mobilidade urbana financiados pelo Banco sobre a população residente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O período analisado vai de 2009 a 2018 e os projetos em questão são a modernização da Supervia, a Linha 1A do Metrô e a estação Uruguai, a Linha 4 do Metrô, o BRT Transcarioca, o BRT Transoeste Lote Zero, o BRT Transolímpica, o VLT, a ampliação do Elevado do Joá e o Túnel Marcelo Alencar.
Foram considerados impactos sobre cinco variáveis: tempo de deslocamento, poluição, saúde, emprego e renda. Foram feitas uma avaliação por simulação e uma avaliação ex-post, além de uma análise de custo-benefício.
Os resultados apontam, além da redução de tempos de deslocamento por transporte público, impactos variados como redução das internações associadas a acidentes, hipertensão e doenças cardiovasculares, aumento no número de firmas e empregos (especialmente no setor de serviços e para trabalhadores com ensino médio e superior), um aumento no bem-estar de todos os trabalhados (especialmente os que possuem ensino superior), entre outros.
Como lições aprendidas, o relatório destaca a importância da mobilidade para qualidade de vida das cidades, em função da multidimensionalidade dos impactos dos investimentos, e a importância de se considerar a dinâmica entre a segregação espacial e a desigualdade de renda na escolha e desenvolvimento dos projetos, de modo a ampliar o impacto e reduzir as desigualdades já existentes.
Assista à apresentação dos resultados do estudo e leia o relatório na íntegra.
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