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Hidrelétricas e seus efeitos sobre o desmatamento e indicadores socioeconômicos locais

As hidrelétricas são a principal fonte de energia renovável e firme do Brasil, representando mais 60% da matriz elétrica nacional. Para além da perspectiva de benefício estritamente energético, é preciso aprofundar a compreensão dos aspectos ambientais e sociais desses projetos de infraestrutura. O Núcleo de Avaliação de Políticas Climáticas da PUC-Rio/Climate Politcy Initiative (NAPC/CPI), por meio do projeto INPUT, buscou contribuir para esse objetivo, analisando hidrelétricas construídas desde 2002.

As hidrelétricas são a principal fonte de energia renovável e firme do Brasil, representando mais 60% da matriz elétrica nacional.

 

Para além da perspectiva de benefício estritamente energético, é preciso aprofundar a compreensão dos aspectos ambientais e sociais desses projetos de infraestrutura. 

 

O Núcleo de Avaliação de Políticas Climáticas da PUC-Rio/Climate Politcy Initiative (NAPC/CPI), por meio do projeto INPUT, buscou contribuir para esse objetivo, analisando hidrelétricas construídas desde 2002.

 

Na sociedade, é difundida a percepção de que os projetos hidrelétricos geram benefícios energéticos em detrimento das localidades, que sofreriam impactos adversos. A fim de esclarecer tal fato, em particular em localidades na região amazônica, foram feitos estudos em duas vertentes.

 

Primeiramente, especificamente sobre os impactos sobre o desmatamento na Amazônia, um dos estudos concluiu que algumas hidrelétricas estimularam desmatamento em suas proximidades, enquanto outras, ao contrário, evitaram desflorestamento. Leia o estudo na íntegra.

 

Numa vertente mais ampla, outro estudo buscou entender os efeitos locais da construção de hidrelétricas sobre indicadores econômicos e sociais, como economia local, contas municipais, saúde, saneamento e violência. Diferentemente do senso comum, a conclusão foi de que localidades podem se beneficiar, como também podem ser impactadas negativamente, tanto no curto prazo (enquanto a usina é construída) quanto no médio prazo (após sua conclusão). Leia o estudo na íntegra.

 

Em ambas as vertentes apontadas, os resultados foram heterogêneos. Isto é, a presença de hidrelétricas pode trazer impactos positivos ou negativos, que devem ser explicados por um conjunto de fatores particulares para cada caso.

 

Outra indicação dos estudos é a relevância do porte do projeto hidrelétrico versus o porte dos municípios afetados. Quanto maior o projeto e a mobilização de recursos para sua implantação, e menor o município, maiores tendem a serem os benefícios econômicos (emprego e renda) e maior tende a ser a pressão sobre os indicadores sociais (saúde, saneamento e violência). 

 

Todas as usinas consideradas tiveram apoio do BNDES, que contribuiu para a análise fornecendo dados sobre os projetos.

 

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