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Setor naval brasileiro: perspectivas para atuação em reparo e manutenção

O setor de construção naval brasileiro experimentou, na década de 2000, um movimento de retomada de investimentos, que resultou tanto na expansão e na modernização da capacidade produtiva quanto no aumento da produção de embarcações. O crescimento das atividades petrolíferas offshore foi decisivo para isso, especialmente depois da descoberta do pré-sal, com uma política de conteúdo local que visava permitir a absorção doméstica dos efeitos positivos do crescimento da indústria petrolífera, alavancando a construção de embarcações e plataformas no Brasil. 

O setor de construção naval brasileiro experimentou, na década de 2000, um movimento de retomada de investimentos, que resultou tanto na expansão e na modernização da capacidade produtiva quanto no aumento da produção de embarcações. O crescimento das atividades petrolíferas offshore foi decisivo para isso, especialmente depois da descoberta do pré-sal, com uma política de conteúdo local que visava permitir a absorção doméstica dos efeitos positivos do crescimento da indústria petrolífera, alavancando a construção de embarcações e plataformas no Brasil. Em meados dos anos 2010, o setor naval brasileiro atingiu um pico de mais de 82 mil empregos diretos.

 

Com a brusca queda no preço do barril de petróleo e nas taxas diárias das embarcações, o que se viu a partir de meados de 2014 pode ser classificado como um choque sistêmico nas indústrias de P&G e naval mundial. Para além dos impactos diretos do que se sucedeu no mundo todo, no Brasil a situação foi ainda mais drástica, em função das crises política e econômica no período.

 

No início de 2017, a política de conteúdo local do setor de P&G foi flexibilizada, sendo reduzido o percentual de conteúdo local exigido nos novos contratos de exploração e produção de petróleo. Assim, na falta das condições que permitissem o ressurgimento da indústria naval brasileira, as carteiras de encomendas dos estaleiros nacionais de grande porte foram esvaziadas, e muitos deles encerraram suas atividades.

 

No artigo Estaleiro de reparo e manutenção naval, publicado no BNDES Setorial 50, os autores Caio Pinhão, Marco Aurélio Rocio, André Pompeo, Cássio Teixeira e Haroldo Fialho discutem algumas possibilidades de atuação para os estaleiros de grande porte remanescentes, a fim de reverter o contexto de falta de encomendas. Destacando o potencial da atividade de manutenção e reparo naval no país, eles analisam alternativas como:  

 

  • a realização de montagem de módulos das plataformas, quando o casco for construído no exterior;

 

  • a realização de investimentos de adequação para que os estaleiros atuem com manutenção e reparo, condicionada por fatores como localização e interesse dos acionistas em realizar tais investimentos; ou

 

  • a transformação de suas instalações em terminal de uso privado (TUP), o que alguns estaleiros já fizeram.

 

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