Edição n. 35/2024
As estatísticas relativas à carteira de crédito do BNDES e a seus desembolsos divulgadas nas apresentações de resultado do Banco e mensalmente pelo Banco Central do Brasil diferem em função dos conceitos utilizados por cada uma das instituições para realização dos cálculos.
A edição 35 dos Estudos especiais do BNDES busca esclarecer essa diferença.
O BNDES considera em seus reportes sua carteira expandida, com suas operações de crédito líquidas de provisões, acrescidas das debêntures em seu portfólio, dos créditos a receber do Tesouro Nacional e de outros créditos menos relevantes em termos de valor, como, venda a prazo de títulos e valores mobiliários (TVM) e outros direitos recebíveis.
Por outro lado, os dados do BCB relativos à carteira de crédito do BNDES desconsideram tanto as debêntures no portfólio do Banco, como as operações da BNDESPAR e da FINAME que, porventura, sejam realizadas de maneira direta, seja via produto Máquinas e Serviços (Finame Direto), seja via operações de exportação.
De forma semelhante, os dados de desembolso (BNDES) e de concessões de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) referente às operações do BNDES (reportadas pelo BCB) não contemplam desembolsos em títulos e valores mobiliários (TVM) e não englobam operações da FINAME e BNDESPAR. Além disso, as operações indiretas do BNDES – aquelas realizadas por meio de bancos repassadores – são reportadas diretamente por essas instituições, o que tende a causar um delay das informações.
A consequência principal da diferença entre os conceitos diz respeito à magnitude dos dados: quanto maior as debêntures no portfólio do BNDES e o montante de operações do BNDES realizadas por meio do produto Finame na modalidade direta, maior tende a ser a discrepância entre as métricas das duas instituições.
Leia o Estudo especial 35 e entenda melhor as diferenças nas séries estatísticas das duas instituições.
Acesse aqui o estudo completo.