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A transição energética e o setor de petróleo e gás brasileiro

Texto para Discussão assinado pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES Luciana Costa e por técnicos da Área de Transição Energética e Clima debate o papel do petróleo e gás na transição energética do Brasil.

Complementando a discussão iniciada no evento “Caminhos para transição energética justa no Brasil”, que ocorreu no dia 11 de outubro, no Teatro BNDES, os autores do texto para discussão consideram que a neutralidade em carbono não implica um mundo sem petróleo, gás e combustíveis fósseis, mas um mundo que compense as emissões impossíveis de serem evitadas, visando sua neutralização.

 

A indústria do petróleo tem sido confrontada a reduzir drasticamente a oferta dos energéticos fósseis nas próximas décadas. Mas é preciso atentar para a multiplicidade de respostas que o setor apresentou na superação de crises de escassez de petróleo, explorando novas fronteiras em alto mar e investindo pesadamente em inovação e energias renováveis. Não será diferente para enfrentar os desafios da transição energética mundial.

 

A experiência da indústria de petróleo e gás na produção, armazenamento, distribuição e fornecimento de energia, no desenvolvimento tecnológico e industrial, sua expressiva geração de caixa e capacidade de execução de grandes projetos de energia, entre outros fatores, são imprescindíveis para a transição energética e, por conseguinte, para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A própria renda decorrente da exploração do petróleo é relevante, dada a demanda intensa por capital decorrente desse processo.

 

No caso brasileiro, a renda do petróleo, além de ser usada para financiar a transição, pode ser utilizada para viabilizar uma nova fase de industrialização. O Brasil tem grande potencial de se consolidar como um grande produtor mundial de várias formas de energia competitivas e ambientalmente sustentáveis. O enfrentamento mundial do aquecimento global e a transição energética para uma economia de baixo carbono podem abrir novas possibilidades para o país, desde que se opte por uma política de transição que equilibre os diversos desafios e oportunidades existentes, sem comprometer a segurança de abastecimento de energia.

 

É fundamental adotar soluções que sejam adequadas ao perfil de emissões brasileiras; à qualidade de nossa matriz energética, há anos muito mais renovável que a média mundial; ao potencial de produção ambiental e economicamente competitiva de várias formas de energia; às necessidades econômicas e sociais de se dispor de energia de baixo custo para o desenvolvimento da nação.

 

Em resumo, os problemas existentes no Brasil relativos às emissões de gases de efeito estufa são peculiares e devem ser tratados como tal para que haja uma melhor apropriação e distribuição da renda derivada dessa transição para as novas fontes de energia que abastecerão o mundo no futuro.

 

>> Baixe aqui o texto

 

 

 

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