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Blended finance: financiamento híbrido para impulsionar investimentos socioambientais

As estruturas de blended finance procuram equilibrar a relação entre risco e retorno dos investimentos adotando como premissa o uso estratégico de capital catalítico (filantrópico ou de fomento) para mitigar o risco dos projetos e atrair capital comercial (público e/ou privado). São estruturas híbridas de financiamento, que podem combinar instrumentos como capital subordinado (dívida, equity ou híbrido), garantias e seguros, grants (doações), pagamento por resultados e assistência técnica. Entenda o conceito e o potencial do uso de blended finance para impulsionar os investimentos socioambientais no Brasil. 

 

Os investimentos necessários para viabilizar a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) são significativos e, segundo estimativas da instituição, estariam em uma faixa de US$ 5 a US$ 7 trilhões anuais.

 

Redirecionar esse volume de recursos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) envolve equilibrar a relação entre risco e retorno dos investimentos, de forma a atrair o interesse do capital privado e alavancar o impacto das iniciativas.

 

As estruturas de blended finance procuram resolver essa equação adotando como premissa o uso estratégico de capital catalítico (filantrópico ou de fomento) para mitigar o risco dos projetos e atrair capital comercial (público e/ou privado). São estruturas híbridas de financiamento, que podem combinar instrumentos diversos, como capital subordinado (dívida, equity ou híbrido), garantias e seguros, grants (doações) para apoio a projetos, pagamento por resultados e assistência técnica.

 

Blended finance no Brasil e o papel do BNDES

 

No Brasil, embora o uso de arquiteturas de blended finance ainda seja incipiente, o momento é propício para incentivá-las. O cenário favorável a  investimentos com elevados padrões ambientais, sociais e de governança (ASG) e a necessidade crescente de canalizar recursos para projetos socioambientais, que contribuam com o desenvolvimento do país e a melhoria da qualidade de vida da população, são fatores que podem impulsionar o uso desses instrumentos.

 

Nesse contexto, instituições multilaterais e de fomento podem criar as condições e a infraestrutura necessárias para estimular o uso de blended finance no país. Com longa experiência no financiamento do desenvolvimento nacional, o BNDES está estruturando um projeto-piloto que busca combinar parte dos seus recursos não reembolsáveis a diferentes tipos de capital – público, privado e filantrópico, nacional ou internacional. Ainda este ano, será lançada uma chamada pública para selecionar gestores e intermediários que desenvolvam projetos com impacto socioambiental, financiados por meio de estruturas de blended finance inovadoras.

 

Para disseminar informações sobre o tema e mostrar o potencial dos instrumentos de blended finance para financiar o desenvolvimento sustentável, o BNDES está lançando uma publicação sobre o assunto. O trabalho aprofunda o conceito e traz contribuições de especialistas do mercado e do próprio Banco, além de sinalizar como a instituição pretende atuar.

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>> Baixe agora a publicação sobre blended finance

 

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